Estou lendo o excelente livro Dinheiro e Vida, de Joe Dominguez e Vicki Robin (Título original Your Money or Your Life, Ed. Cultrix).
O livro aborda muitos aspectos importantes de nossa relação com o dinheiro, mas um assunto em especial chamou-me a atenção: como o consumo adentra em todas as áreas de nossas vidas. Ou, como dito no livro, "nós não mais vivemos a vida, nós a consumimos".
"Projetamos no dinheiro a capacidade de realizar as nossas fantasias, tranquilizar os nossos receios, aliviar a nossa dor e enviar-nos às alturas (...)compramos tudo, desde a esperança até a felicidade. Não vivemos mais a vida, nós a consumimos."
Assim, se sentimos ansiedade, compramos um ansiolítico ou um livro de auto-ajuda. Se os filhos estão carentes, compramo-lhes um brinquedo caro. Se a esposa é que precisa de atenção, liberamos o cartão de crédito para suas compras no shopping. Se queremos descansar, compramos uma viagem para Dubai. Se estamos entediados, compramos um carro novo.
Aprendemos a buscar soluções externas para sinais da mente, do coração ou da alma de que algo está em desequilíbrio. Tentamos satisfazer necessidades essencialmente psicológicas, sociais e espirituais por meio do consumo no nível físico.
Embora saibamos que o dinheiro não compra felicidade e que as melhores coisas da vida são gratuitas, a sinceridade exige que façamos um exame mais profundo. O nosso comportamento conta uma história diferente.
Abaixo, os autores nos apresentam a curva da satisfação. E a palavra mágica é "suficiência". Satisfeitas as necessidades humanas básicas de sobrevivência, conforto, e até alguns artigos de luxo, chega-se a um limite em que o dinheiro não trará qualquer satisfação que não seja fugaz, sem consistência e perdulária.
A suficiência é o ponto em que “temos tudo de que precisamos; não há nada adicional que nos oprima, nos desvie do rumo certo ou nos atormente, nada que compramos a prazo, que nunca usamos e que estamos nos matando para pagar. A suficiência é uma posição destemida. Um lugar confiável. Uma posição sincera e autovigilante. É o ponto em que apreciamos e desfrutamos plenamente o que o dinheiro traz para a nossa vida sem nunca comprar alguma coisa que não seja necessária e desejada” [Joe Dominguez e Vicki Robin, Dinheiro e Vida, 2007]
Bem, como a ideia é não deixar os posts muito longos, continuo depois. Recomendo a leitura.
Abraço!
Abraço!
Ps: como agora tem mais gente lendo o blog além de mim mesmo (Rs), estou reeditando alguns posts.
“Dinheiro é barato. Cara é a liberdade” Bill Cunningham
“Dinheiro é barato. Cara é a liberdade” Bill Cunningham
Caro blogueiro,
ResponderExcluirSe você investe em FIIs, poderia nos ajudar quanto a questão dos elevados custos das correspondências?
Fiz um post a respeito do assunto e a sua colaboração será bem vinda!
http://abacusliquid.com/cvm-regras-de-fiis/
Abraço
Uó!